
No dia 07/03/2017, numa sexta-feira, junto de alguns amigos, participamos de uma atividade diferenciada. Fomos assistir a uma palestra ministrada pela Professora Fabiana, de letras, do Núcleo de Mediação e Projetos; junto a uma gama de outros docentes. O tema era de suma importância, referia-se ao surgimento de nosso industrioso bairro, A.E. Carvalho, filho de Itaquera.
Após o evento, ficamos por dentro de todos os pormenores, etimologicamente e historicamente (no viés do materialismo histórico). Frisaremos as passagens de suprema importância, como a exemplificação de sua evolução. Começando em 1580, com o Aldeamento de São Miguel; depois passando pela inauguração da estrada de ferro com o nome de São Miguel – devido à construção da Capela de São Miguel Arcanjo pelos jesuítas, que certamente expropriaram dos índios – que viria a se chamar Itaquera já no ano de 1909; adiante deslumbramos a Imigração dos Japoneses no Brasil, em 1908, na região de Itaquera, predominaram em 1922, em que já constituíam a maioria de seus habitantes, surgindo daí o nome “Colônia Japonesa”. Em 1988 temos o início das atividades do Metrô Itaquera, assim como o de Artur Alvim. Por fim, temos a inauguração do Itaquerão em 2014, um projeto um tanto quanto exclusivo para seus vizinhos periféricos, mas com uma representatividade infindável na questão localidade, fato que por si só já foi causador de calafrios para os burgueses mais ranzinzas.
Vale ainda resaltar, sendo mais que necessário, a situação alarmante de alguns moradores na A.P.A. (Área de Proteção Ambiental) do Carmo, que apesar de ser uma área de proteção ambiental e teoricamente não ser habitável, terem de lá viver, por não lhes restarem opções, haja vista que qualquer governante em um Estado Burguês, preferiu fomentar a gentrificação, a investir em habitações populares.
Enfim, junto de meus amigos, nos sentimos agradecidos e honrados por podermos, de forma mais que categórica e saudável possível, nos atermos desses riquíssimos detalhes, que na correria descomunal do dia a dia deixamos passar; mas é bom saber, pois uma coisa é esquecer a formação do sistema solar e o modelo copernicano, outra é, literalmente falando, esquecer donde veio! Para isso, não há maior injúria, defronte o Hades, tornar-se-á penoso.
Viva Itaquera, a Pedra Dura, e o prefixo “Ita”, para eles, desejo vida longa e próspera!