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Via Esquerda
Desde: 07/11/2016      Publicadas: 2      Atualização: 17/11/2016

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 Editorial

  17/11/2016
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Conjuntura 2016 Ocupações e o Governo Temer

As ocupações dos espaços públicos e os conflitos da atual conjuntura social brasileira se dão pela pressão dos movimentos sociais e estudantil. Uma forma de encarar o processo de sucateamento do ensino público nas três esferas se leva por protestos contra a Reforma do Ensino Médio encabeçada pelo Ministério da Educação do atual governo. Somados a esses fatores a instabilidade econômica e o desfecho da crise política que culminou no impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff e a posse de Michel Temer como o presidente efetivo pelos próximos dois anos.

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Conjuntura 2016 Ocupações e o Governo Temer

As ocupações dos espaços públicos e os conflitos da atual conjuntura social brasileira se dão pela pressão dos movimentos sociais e estudantil. Uma forma de encarar o processo de sucateamento do ensino público nas três esferas se leva por protestos contra a Reforma do Ensino Médio encabeçada pelo Ministério da Educação do atual governo. Somados a esses fatores a instabilidade econômica e o desfecho da crise política que culminou no impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff e a posse de Michel Temer como o presidente efetivo pelos próximos dois anos.
O conflito político e social se dá pelo direcionamento político se dá pelo direcionamento político do atual governo ao tentar aprovar a PEC 241/55 que envolvem cortes nos gastos públicos e verbas para a saúde e a educação. Uma tentativa de recuperar a economia preconizando o Estado mínimo, um corte nos gastos públicos visando o “desinchaço” da máquina pública com uma tentativa de estabelecer um teto orçamentário pelos próximos 20 anos.
Essas medidas junto com a enorme taxa de desemprego que bate na casa de quase 12 milhões de pessoas e um PIB estacionado em vários anos e a inflação alta e a recessão econômica crônica ,geram um pessimismo geral frente ao futuro próximo do Brasil e das nossas instituições democráticas.
O governo Temer ainda mal chegou a sua metade, mas nesse curto espaço de tempo teve sua face progressista inculcada no novo slogan ser crucificada e dilacerada pela opinião popular. O retrocesso nos direitos sociais e civis pelas modificações em vários setores da sociedade, sobretudo pelas modificações que pretende fazer na nova reforma do Ensino Médio, que sinalizam uma contramão da expansão do ensino público de qualidade, ao permitir a interferência do mercado e cada vez mais a crescente tentativa de despolitização da educação, com o argumento de uma Escola neutra e não doutrinadora, capaz de diminuir o senso crítico e apagar a chama da esperança na educação capaz de transformar a sociedade, reduzindo a liberdade de expressão dos professores na sala de aula e preocupando os profissionais do segmento.
A crescente retirada dos investimentos sociais e a inflação dos preços e a enorme instabilidade econômica geraram o aumento na tensão política e o aumento no fosso entre ricos e pobres. O processo de grave crise na economia teve seu epicentro nos escândalos de corrupção na Petrobrás e a perca de popularidade do governo do PT em meados de 2014, nas coberturas midiáticas e pela insatisfação com a crise econômica os partidos de centro direita e de direita mais conservadora conseguiram cooptar parte da população principalmente as classes médias altas e baixas e jogaram a opinião pública contra a presidenta, tomando-a como fraca impotente e culpada pela crise, por desequilibrar as contas públicas da União e falindo os estados e foi acusada de crime de
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responsabilidade fiscal. Após as eleições presidenciais e a reeleição de Dilma cresceram os movimentos anticorrupção e o Fora Dilma e os panelaços nos prédios, demonstrando a insatisfação com o governo do PT e crescendo os pedidos de impeachment por parte da população brasileira.
Processo que culminou no impeachment que passou do aspecto jurídico e teve forte motivação política, um golpe na democracia comandada na câmara do deputados pelo PMDB com intenções de vingança do na época atual presidente da câmara dos deputados Eduardo Cunha que se encontra preso por crimes de corrupção, e o apoio de Renan Calheiros e muito festejado pelo PSDB que de longe via como uma manobra interessante visando as eleições presidenciais de 2018,como o atual partido de oposição ao PT, se aliando ao PMDB esse saído de uma aliança vitoriosa com o PT no 1º mandato de Dilma tendo até o atual presidente Michel Temer como o vice.
Esse conturbado momento político e ascensão rápida do PMDB no poder quebrou o ciclo de reformas do PT, com os cortes nas leis trabalhistas e a reforma da previdência medidas antipopulares que mostram a falta de comprometimento com políticas sociais e reformas populares de grande impacto.
A desigualdade econômica e social brasileira é imensa historicamente, a pirâmide social é erguida pela estrutura de classes e na base da pirâmide está a classe C, e descendo até os níveis de vulnerabilidade socioeconômica e mendicância, o retrato triste da nossa construção como nação.
A população se vê em um turbilhão em um sistema cada vez mais acabado e a beira de um colapso social. Nossos sistema tributário que incide sobre o consumo sem taxação de renda para as grandes fortunas e pressiona a classe baixa com diversos impostos e a reforma da previdência não flexibiliza as formas de contribuição e cria novas formas de benefícios, aumentando a idade e batendo junto com o tempo de contribuição apenas querem fazer o trabalhador gastar mais tempo antes de se aposentar para ter mais arrecadação, que não é vantagem nenhuma para quem pretende se aposentar algum dia, tornando difícil o futuro dos jovens trabalhadores recém formados e empreendedores brasileiros que encontram por sua vez um mercado fechado e um pais em crise.
Crise essa sendo nada mais que um momento de instabilidade econômica já prevista por Marx como um ciclo natural do capitalismo conseguiu ter uma política ainda mais associada ao grande capital e o poder das instituições financeiras como o FMI, nesse momento vivemos a onda conservadora refletindo nas eleições municipais os políticos de direita e conservadores ganham espaço, resta aos movimentos sociais e os partidos da esquerda se alinharem com uma agenda capaz de amenizar as medidas antipopulares e restabelecer um progressismo democrático e igualitário no horizonte não muito longínquo.






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