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Capa | As Lendas de Drogo | Caçador das Sombras | Crônicas Mórbidas | Prosa Mórbida | Silenciosa Sintonia |
-Já chegamos? –Perguntou Ruan mais uma vez.
-NÃOOOOOOOOOOOOOOO! –Gritou Bekar, irritado já a horas. O garoto já havia perguntado isso bilhões de vezes.
-Tudo bem…eu espero.
-Bom mesmo, porque se não ficar quieto te jogo lá em baixo sem dó e nem piedade, inclusive a manhã já apareceu…mentira, bobo…! Heh.
E depois de mais conversas e risadas, uma nuvenzona apareceu… outra… mais uma aqui…mais outra ali.
-Vai um picolé? –Disse uma plotonuvem.
-Pelo amor de Cephyr, não! –Respondeu Bekar.
O formato das nuvens e seus rostinhos fofos encantavam e deixavam Ruan louco. Eram fantásticas, como cachoeiras e praias, construções, casas de dragões ou até mesmo biomas podiam se localizar em cima de NUVENS NO ESPAÇO?
-Meu Deus…eu quero apertar geral…APERTAR GERAL!!! –Dizia Ruan enquanto lambia a nuvem em que haviam pousado.
-Para de lamber essas nuvens! Não falei que elas te dopam com doces e fofura? Meu Deus, tu é mesmo cabeçudo? –Murmurou Bekar, irritado já com o garoto.
Ao longe, podia-se ver uma construção grande, ao que parecia, um templo… Era um grande e branco templo, onde se localizava algo de imenso poder, porque para ser guardado daquele jeito…dragões armados e protegidos guardavam tal coisa…Ruan e nem Bekar viam, mas era uma prisão e museu ao mesmo tempo. Lá estava uma pedra flutuando e brilhando. Estava suja e se desintegrava como pó. Vários dragões guardavam-na, em volta de sua imensa sala e porta, além de sua cúpula. Parecia algo tão poderoso que todos haviam medo de tocar. E então descrevi o museu. A prisão era uma cela longa feita apenas por barras grossas magnéticas. Lá dentro estava um dragão que se movia como pó…O elementar de poeira. Era um belo dragão marrom claro de quatro olhos que não precisava de asas, e tinha corpo gordo. Era balofo, mas era lindo. Era também bem engraçado, mas vamos falar sobre ele mais à frente.
E voltando à Bekar e Ruan…
-Bekar com aquela sua cara de mal-humorado, eu aqui dançando e lambendo picolés! –Cambaleava Ruan rindo.
-Já doparam você? –Resmungou Bekar
-O que quer que eu faça? Quer que eu diga “parem de me dopar”?
-Ahhhhh…JÁ CHEGA, JÁ ME CANSEI DISSO! VOCÊ NÃO ME ESCUTOU, AGORA FICA AI PARECENDO UMA CRIANÇA! CANSEI DISSO! NINGUÉM ME OUVE! ESTOU DE SACO CHEIO… –E então Bekar saiu voando sozinho.
-Bem…pelo menos ainda posso lamber as nuvens…
E então um dragão pediu licença e levou Ruan para o templo. Aquele era um dragão bondoso chamado Makkro, de água e ar. Assim Ruan já estava ficando são de novo, e perguntou o que acontecera. Makkro explicou direitinho no caminho, por que era um dos dragões que acompanhavam Bekar e Ruan…só não falou o que Bekar havia feito. Foi ordem dele guardar segredo. Chegando ao templo, Ruan se impressionou demais com as relíquias ali guardadas. Luvas de ônix só que para dragões, uma pedra brilhante que se desintegrava, estava sempre suja, um anel vermelho e preto ao que parecia perigoso, mas as relíquias que Ruan mais gostou foram aquelas asas de escama de dragão. Eram simplesmente incríveis, e com a imaginação do garoto, ele logo queria colocar nas costas e voar por aqui e ali. Só ele não sabia o trabalho que era lavar elas no banho…
-Uau! Que sala incrível! ME MATA ANTES QUE EU ROUBE TUDO! –Disse ele. Logo os dragões à sua volta pegaram suas lanças e apontaram para ele.
-Calma galera, foi só brincadeira! –Disse Makkro. –Bem, eu espero! –E olhou então para Ruan com cara de quem não tinha chupeta na infância.
E a respeito de Bekar, que havia “sumido”, Ruan nem sequer lembrava. Por isso até agora não havia perguntado.
Mas se querem saber do nosso amigo importantíssimo Bekar Harbat Dorindall, aí vai.
Ele estava voando para a floresta de onde havia vindo, bravíssimo com Ruan, e chateado pois nunca teve amigos, o único foi o falecido pai do garoto. Quando achou que iria finalmente conhecer alguém que realmente desse valor nele, tudo aquilo aconteceu. Foi então que viu um grupo gigante de dragões indo ao lado oposto. Então, achou que era uma companhia de cargas que estava indo a o espaço inercordial fazer sabe-se lá o que; mas depois que viu um dragão, mudou completamente de ideia. O dragão que Bekar havia visto era um dragão ciano acinzentado de pedra e água. Era um conhecido de Bekar. Já haviam se visto a um tempo atrás, mas Bekar nessa época era jovem e nem sabia o que era Dragonhelm e nem quem diabos era Adumo. Por isso não conhecia ninguém mau. O dragão se chamava Gogur, um pouco mais velho que Bekar, com quatro asas. Ele comandava o grupo que agora parecia uma armada, e na hora soube que algo bom não iriam fazer, ainda mais sabendo-se que em nenhum dragão podia-se confiar desde que os maus conseguiram o Mundurr. Foi isso que causou em Bekar medo, e o fez voltar voando (literalmente) ao espaço inercordial. Chegando lá, procurou em toda parte por Ruan, atropelando cada um no seu caminho.
“Por que eu não deixei o garoto se divertir? Ele estava dopado…olha o que eu fiz! Agora ele pode morrer por causa da minha incompetência!!!!!” Pensou Bekar, desesperado em uma poça de lágrimas.
Nesse momento, Makkro estava mostrando o museu para o garoto, mas não tinha citado nada a respeito da prisão que aquele lugar era. Parecia-se que era um lugar para o qual ninguém queria que fossem. Tanto dragões quanto pessoas que vissem eles.
Então Ruan viu a porta enorme presa com uma tábua de madeira grossa que levava ao andar inferior, onde estava a prisão, e logo ficou curioso.
-À onde leva aquela porta? –Perguntou o garoto, tentando fazer Makkro soltar.
-A lugar nenhum, é só uma porta de madeira velha que sempre esteve aí, já queremos reforma-la faz um tempo, mas sempre esquecemos… –Respondeu Makkro, não gostando de mentir, puxando o garoto para o outro lado.
-Se não leva a lugar nenhum não tem problema eu entrar!
-Mas é ordem minha. Não entre ali, a nenhum custo, se entrar, vai lhe custar a vida.
-Nossa, vão me matar se eu entrar?
-Sim. –Disse Makkro. –Deixe-me lhe contar um segredo: ali é uma prisão.
-Para de mentir! Se for uma prisão, o que está preso lá? E porquê?
-Um elementar está preso ali. Foi preso pois não queremos que nossa sociedade sofra com os problemas que eles vêm trazendo consigo desde a morte de Undre. Mas acho que nem sabe o que é Undre, nem elementar, e muito menos os problemas que eles trazem àqueles que estão à sua volta.
-Sei muito bem o que cada coisa é. E se estão com medo de Adumo e seus comparsas, pois eu não!
-MAS DEVIA TER! ELE MATOU MINHA FAMILIA, E HOJE OS TORTURA EM DRAGONHELM!
-Pois me ajude a soltar o elementar.
-E por que eu faria isso?
E então Ruan explicou tudo. Inclusive que um dragão de poeira havia pegado o Mundurr e decifrado a localização do elementar de poeira.
-É, você acabou de fazer eu perder a esperança completamente. É vai ou racha agora, não? –Disse Makkro.
-Vai morrer sozinho ou vai morrer me ajudando a salvar um dragão sem motivo para morrer?
-Bem…prefiro mais salvar uma pobre alma ou morrer tentando ao menos do que morrer sem tentar ao menos ajudar…
-BOM MESMO!
Foi bem nessa hora que Bekar encontrou Ruan dentro do templo. Foi uma correria!
-Vem Ruan, precisamos sair daqui…e quem diabos é esse cara aí contigo? –Foi dizendo Bekar sem fôlego.
-Ele é o Makkro, e alias, onde você estava e por quê todo esse desespero? –Perguntou o garoto.
-Não há tempo para perguntas. Uma armada de dragões de Adumo estão chegando aqui, se não nos apressarmos, vamos ser destruídos junto a tudo e todos desse lugar!
-VAMOS TODOS MORRER! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAGHHHH –Gritaram as plotonuvens todas ao mesmo tempo, em desespero.
-Deu ruim! Vamos Ruan, vamos!
-Espere! Antes tenho que salvar o ELEMENTAR que está preso ali dentro por motivos bobos!
-Espere…ele…elementar?!?!
-Sim, acho que se conseguirmos leva-lo antes deles, venceremos uma batalha inútil que nem começou ainda. ENTÃO MEXE ESSES CAMBITÕES!
Mas, já não adiantava mais. Gogur e sua armada já haviam chegado lá. Eram praticamente iguais àqueles valentões na escola que te atropelam sem motivo só por diversão.
-SAIAM DA MINHA FRENTE, OU SENÃO FORÇAREI VOCÊS! –Gritava ele rindo.
Mas os dragões não eram moles e não saiam da sua frente. Foi isso que causou o caos de verdade…não sério, agora que o caos vai dominar o espaço inercordial.
Era dragão voando aqui, ali, dragão sendo explodido, nuvens de fumaça, plotonuvens caindo, construções sendo destruídas…
Mas enquanto isso, Bekar, Ruan e Makkro estavam libertando o dragão de poeira.
-Isso é algum tipo de pegadinha? –Perguntou o dragão.
-PERGUNTA LÁ PARA OS DRAGÕES QUE ESTÃO EXPLODINDO TUDO!
-Bem, não precisava ser grosso!
-E VOCÊ NÃO PRECISAVA SER IDIOTA!
Quando libertado o dragão foi com eles, que inclusive se chamava Hug, e Bekar viu a ausência da runa em Hug, e perguntou a ele:
-Como você ainda está vivo? A runa claramente não está com você! E como não escapou todo esse tempo?
-Eles me alimentavam com a essência da runa, que produziam. E não escapei, pois, o ar que entrava na jaula me enfraquecia, então não podia me movimentar direito.
-Mas para produzir…
-Eles precisam da runa…
-Então a runa está aqui em algum lugar! –Confirmaram os dois juntos.
Ruan e Makkro só os seguiram enquanto procuravam a runa. Mas era obvio onde estava ela: na maior porta do lugar, guardada por ferro e tudo. Foi assim que entraram numa linda sala de mármore e ouro, com um pedestal e cúpula, onde era guardada a runa.
-MINHA RUNA! –Exclamou Hug ao ver sua “parceira”.
-Um elementar já foi, faltam só QUATORZE! –Disse Bekar animado com o que fizeram. Se conseguissem impedir Adumo de conseguir as runas, salvariam o universo! Mas quando Hug tocou a runa, o templo começou a desabar, pois Gogur e sua armada estavam explodindo ele; era a última construção do lugar. Foi então que Ruan agiu.
Ele saltou e agarrou a runa antes que Hug fosse atingido. Foi tudo tão rápido que nem ele entendeu na hora.
-RUAN, NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAO!!! –Gritou Bekar.
E então o templo foi ao chão com todos dentro. Inclusive a plotonuvem que lhe segurava. Exceto Ruan, pois nessa hora o garoto já havia sumido.
Quando todos estavam dispertados após a queda, Bekar, Makkro e Hug se viram rodeados por dragões distintos. E um deles era gogur.
-Estamos mortos! –Exclamou Bekar.
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