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Pequenos Escritores do Colégio
Desde: 25/02/2018      Publicadas: 11      Atualização: 12/04/2018

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 Caçador das Sombras

  11/04/2018
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Capítulo 02

Caçador das Sombras

Capítulo 02

 

-Acidente-

 

Saindo de casa, a porta ia para em uma garagem que havia espaço para dois carros, tinha as paredes brancas e sem teto, o chão era de cimento batido, no “fundo”, o portão cinza escuro feito por grades. Andre atravessa a garagem, usava a chave que estava em seu bolso.

Agora estando fora de casa, temos uma visão de uma casa simples e pequena, porém bem-arrumada e limpa. Andando pela calçada, em ruas que não pareciam muito perigosas, apesar de o mundo ser, principalmente do local que estava localizada a casa. Para chegar em seu objetivo ele teria que andar três quadras e descer uma ladeira.

O sol não aparecia no céu, as nuvens o cobriam, somente em alguns minutos entre uma brecha e outra o sol dava as caras. Não passava ninguém na rua, nem mesmo um carro. As casas estavam fechadas, Andre sentia frio na espinha, porém ele continuava andando, atravessou dois quarteirões, onde tinha um parque. Nesse parque não haviam muitas crianças, também não tinham muitas coisas, somente uma pista de esqueite, não muito bem conservada… piches e rachaduras tomavam conta da estrutura. Algumas árvores distanciavam dos brinquedos, que somente eram dois.

Um balanço de três lugares. Um vermelho que estava com a corrente quebrada de um lado, a cadeira desse balanço pendurada estava. No outro lado, no meio da estrutura de ferro batido e meio enferrujada começando a oxidar; tinha outra cadeira verde que estava inteira, porém o encosto estava começando a rachar. Na extremidade, mais uma cadeira amarela, nessa uma criança loira, um loiro bem clarinho, tinha olhos azuis como o mar e branca quase plida; ela olhava para uma árvore com olhos lagrimejando e em seu rosto imperava o sentimento de tristeza.

No fundo do parque havia um escorregador que estava muito longe para ser detalhado, as poucas crianças do parque, se encontravam nesse brinquedo. Ainda mais no fundo, escondido por árvores, tinha uma pequena quadra que parecia de futebol, era cercada por grade de fios de arame, essa grade tinha vários furos e despedrações. Era um parque até que grande com bastante verde, porém era muito mal cuidado e extremamente pouco frequentado, o motivo era a sua localização e quem frequentava a noite.

Andre continuava andando, ele queria muito ter forças para continuar andando em seu caminho, mas quando se dava conta já tinha desviado de sua rota e se direcionava ate a criança que chorava…

 

-oi? – perguntou Andre que estava chegando já perto dos balanços – qual o seu nome? – continuou falando, para uma criança que não respondia, agachando na frente da criança que olhava para uma árvore ali perto… – você não quer falar? É alguma coisa ali na árvore… quer quê o tio vai lá?

 

Andre levanta, caminha ate a árvore que estava centímetro do balanço. Era uma árvore grande… sendo que tudo para Andre parecia grande, pois sua vida sedentária fazia quaisquer coisas parecer um enorme obstáculo. Olhando para o topo da árvore, entre os galhos e folhas… ele via um gato de pelagem laranjada e de barriga branca, ele olhava para o gato e olhava para a criança no balanço.

 

-é o seu gato? – perguntou Andre, que no fundo de seu peito, torcia para a criança dizer não, pois ele sabia que teria que pegar esse gato…

 

-sim… – interrompeu o silêncio que ela fazia.

 

-você quer que o tio traga ele para baixo? – disse Andre que torcia ainda com mais força para a criança responder não, pois a realidade que ele teria que salvar esse gato ficava ainda maior a cada pergunta.

 

Balançou a cabaça, confirmando a pergunta de Andre… ele agora passou a olhar em volta para ter alguma ideia de como fazer isso. Passeando com seus olhos pelo cenário avistou uma pedra, teve a ideia de jogar a pedra e fazer o gato cair de onde estava… mas essa ideia foi descartada, pois Andre sabia que poderia matar o bichano.

A ideia de conversar com os pais da menina para de repente adotar outro gato, era algo muito atentador, porém ele sabia que o amor pelo animal não seria o mesmo, principalmente sabendo que ele poderia devolver o animal para sua dona.

Coçava a cabeça ao mesmo tempo que encarava a árvore… ele era uma pessoa um tanto fora de forma, podendo ate ser chamado de gordinho, escalar a árvore será um desafio grande. Não tendo outro jeito, Andre se preparava, ele estalava seus ossos e se esticava. “ai meu Deus o que eu estou fazendo”, pensou Andre. Ele segurava em um dos galhos da árvore com uma das mãos, logo em seguida apoiava o pé em outra parte… com muita força e esforço, ele se impulsava para cima, antes de cair ele se segura em outro galho com sua mão livre.

“to indo… continua assim Andre, que tudo vai ficar numa boa…” impulso seguido de impulso, Andre subia a árvore, com muita dificuldade, mas conseguia escalar. Ao chegar ate o gato, todo suado e meio sujo, muita sorte de Andre a camisa ser preta… olhava para baixo, do alto não parecia mais tão alta a árvore, pelo contrário… o sedentarismo que fazia a árvore parecer gigantesca.

O gato estava centímetros de suas mão, antes de poder agarrá-lo… o gato simplesmente pula da árvore, parando no solo são e salvo, “ah não… ah não… ah não… tá brincando comigo né… a ideia da pedra não parece tão estúpida agora, principalmente com esse gato…”. Após o “salvamento” do felino, Andre descia da árvore; a criança já com o seu gato no colo ia embora, para onde, ele nunca saberia provavelmente… se distraindo, olhando para o horizonte do parque, avista um cachorro, parecia um pastor alemão todo preto, porém era muito grande para ser um. Esse cachorro sentado, olhava para Andre. Esse canino olhava para ele fixamente, assustava um pouco ele, era como se o animal o conhecesse… seu celular vibrava em seu bolso, quando ele pega para ver, uma mensagem tinha recebido, abrindo a mensagem, era da Iara, perguntando onde ele estava…

Voltando para olhar para o cachorro, não havia mais nada ali… assustou um pouco Andre, que estranhou o acontecimento, mas ele deixa para lá voltando a sua atenção para o aparelho telefone, ele se toca que o horário passava. Então retornando a andar, mas agora não tão como calma como antes…

Apressado, Andre Falaschi, descia a ladeira, agora ele estava mais perto ainda de onde seria o evento. Nesse momento avista uma senhora de idade tentando atravessar a rua… nessa rua transitavam vários carros, apesar da senhora estar esperando o farol se avermelhar na faixa de pedestre, ainda assim era perigoso, principalmente porque ela precisava de bengala para se locomover. Falaschi não podia ignora isso… novamente ele desvia de seu caminho para ajudar alguém… chegando perto da idosa:

 

-minha senhora, deixa que eu te ajudo a atravessar a rua…

 

-que isso meu rapaz, não precisa me ajudar…

 

-precisa sim. – respondeu Andre que segurava a idosa pelo braço e ajudava a atravessar a rua…

 

-oh meu filho. – falou a velha que atravessava a rua. -minha bisneta deveria casar com um cara igual você… – continuou falando, enquanto Andre ficava vermelho. -o nome dela é Leliana, é uma boa pessoa, mas vai casar com um cara meio bacaca, não gosto dele… acredita minha criança que ele não quis que eu fosse na viagem de lua de mel dele. – Andre se espanta com o que a senhora estava dizendo, mas ele não queria muito participar da conversa.

 

Ao atravessar junto a octogenária, ambos se despedem… Andre respira um pouco, olhando ao seu redor, eis que ele vê no final da rua oposta, o local onde ocorreria a convenção já fechando a porta, seu celular vibrava com mensagens que provavelmente eram de Iara. Sem tempo para olhar o aparelho, Andre corre para entrar a tempo na local, atravessando a rua em diagonal sem olhar para os lados, um carro buzinando passa perto dele… por pouco não é atropelado.

Por pouco ele consegue passar entre as brechas da porta de vidro azul-claro, mas fosco, não se dava para ver nada de dentro. Consegue entrar no local, com os braço levantado ele comemorava… de repente ele é abraçado por alguém…

 

-ah você veio… – era Iara Ariel o abrasando.

 

-Sim… lógico, como eu iria perde isso. – disse Andre para uma garota Japonesa que seus cabelos chegavam na altura da ventura e ruivos, não dava para ver como ela estava vestida.

 

-vem comigo, já estamos atrasados… – parando de abraçá-lo, agora segurando sua mão e o puxando, se dava para ver como ela se vestia. -vem vou mostra onde você vai sentar.

 

Iara se vestia um tanto quanto estranho, ela usava tênis All Star, preto e branco, meio calça preta, com saia que parava um pouco antes do joelho, também era preta com as bordas vermelhas. Usava camiseta também preta, com um desenho infantil de um panda, usava um colar com um pingente de gatinho, brincos pequenos e que passava despercebida, algumas pulseiras de elástico que também não eram importantes.

Andre era arrastado por ela, enquanto isso ele olhava para o local. Era um salão grande, realmente grande… estava cheio de mesa e cadeiras, todas elas voltadas para o que parecia um palco, era um local todo branco, cheio de janelas, algumas escadas que levava para locais que Andre nem conseguia imaginar. Aquele local exalava o cheiro de futuro…

Chegando em uma fileira de cadeiras que ia de um lado para o outro, Iara atravessava ela ate o meio, chegando exatamente no meio da 3 fileiras, ela fala para Andre sentar. Esse seria o lugar onde ele viria o espetáculo.

 

-eu tentei pegar um lugar mais para frente para você, mas as duas fileiras são extremamente reservadas para os investidores.

 

-não… tudo bem, aqui já dá para ver tudo perfeitamente.

 

-ai que bom que você gostou… agora eu preciso ir, vai começar.

 

Sentado em seu local, ele olhava para os lados, se sentia um pouco incomodado, ao perceber que os demais estavam vestidos um tanto quanto formal e ele estava sujo e suado… mas se confortava lembrando que a Iara também não estava vestida de uma forma elegante. Tentava não ficar muito olhando para as outras pessoas com medo de ser julgado pela forma que estava vestido, para piorar cada vez mais o local ficava mais cheio de pessoas que trajavam terno e gravata, cada vez mais Andre se encolhia em seu canto, rezando para ninguém perceber ele, principalmente os seguranças… pois ele temia ser retirado pelas roupas que vestia.

Andre tentando ser ignorado pelos demais, que o encaravam… talvez isso seja algo de sua cabeça. Ele sente alguém o cutucando… querendo ignorar, não consegue, porque essa coisa voltou a cutucá-lo… com forças reunida ele se vira para ver o que o cutucou, era uma garota no seu lado…

 

-oi? – perguntou a garota… que era uma garota morena com cabelos escuros e cacheados… aparentava ter por volta de uns 19 ou 20 anos.

 

-oi… – respondeu Andre timidamente.

 

-meu nome é Carolina, e o seu? – fez outra pergunta, a garota que vestia salto alto azul marinho, com vestido também azul-marinho e ficava branco nas bordas, no centro ela usava um cinto branco, esse vestido ia ate a altura do joelho.

 

-meu nome é Andre, é o seu…

 

-eu já disse… – respondeu Carolina em meio de pequenas risadas. – você este nervoso, pelo jeito que esta vestido? – outra pergunta foi feita pela mulher que usava brincos, colar, batom vermelho e óculos de grau.

 

-ah um pouco… – respondeu Andre, já um pouco mais confortável…

 

-não se preocupa não, isso da nada… – disse Carolina que olhava para o segurança, ela balançava a cabeça, como se estivesse dando um sinal.

 

-o que foi… -questionou Andre que olhava para trás, mas não havia ninguém la.

 

-nada… – risadas de Carolina. -mas me diz ai, porque você vei em um lugar desse? Pelo que eu consigo perceber em você, você não é um tipo de pessoas que eu viria aqui…

 

-ah eu… não sou muito fã não, eu estou aqui mais por uma amiga, o nome dele é Iara…

 

-ah Iara… eu já ouvir falar dela, muito inteligente sua amiga é…

 

-e você, porque você está aqui?

 

-ah eu… meio que… hum… eu sou filha da faxineira… então eu acabei recebendo o convite… – respondeu Carolina meio temida e incomodada com a pergunta.

 

-ah mas porque você está assim, tudo bem ser filha da faxineira, isso tem não muda nada… minha mãe é professora de português, professora de ensino médio…

 

-é que, quando as pessoas aqui sabem o que eu sou, acabo sendo tratada diferente… -disse Carolina com um sorriso no canto da boca…

 

-ah isso porque existem muitas pessoas cruéis no mundo, é só não ligar para elas…

 

-isso você tem razão, o mundo está cheio de pessoas… não muito legais. – Carolina passa a se sentir mais à vontade.

 

-você estudo, faz algo da vida…?

 

-ainda não trabalho, estou procurando faculdade…

 

-mas você tem algo em mente?

 

-ah… ainda não. – disse Carolina meio pensativa. – e você o que faz?

 

-eu faço faculdade de música…

 

-sério? Que legal… você toca o que?

 

-eu quero ser maestro, mas toco baixo…

 

-então você é um guerreiro das 4 cordas…

 

-ah pode-se dizer que sim…

 

-gostei de te conhecer. – falou Carolina, que era interrompida pelo escuro que tomava conta do local, indicando que começaria. – você parece ser alguém legal, me lembra depois de te passar o meu número…

 

Todas as cadeiras estavam voltadas para uma direção. Parecia ser um palco, mas se notava que não era, era algo mais improvisado, como se tivesse sido alugada e posta ali… uma plataforma de madeira de 50 centímetros de altura. Estava sendo ocultada algo que estava em cima do “palco” por cortinas vermelhas, que se iluminava pelos refletores de luzes.

Cortinas são abertas, dividindo em duas indo uma para cada lado, no centro do palco havia 5 pessoas vestindo branco, pareciam cientistas, o que era algo mais provável de ser pensar… um deles era Iara que vestia um jaleco branco, escondendo suas roupas um tanto quando estranhas, vendo que ela estava coberta, Andre se sente um pouco mais desconfortável pelo jeito que se vestia, pois o seu trunfo era fala que uma das cientistas também estava vestida igual a ele.

Outros que ali estava, era uma pessoa que parecia indiano, não dava para ter certeza se era nativo ou algum descendente. Outro era um negro e uma mulher, branco, com cabelos escuros e longos. Mas havia uma deles que Andre também prestava atenção, além de Iara, era um doutor que tinha por volta de seus 80 anos, andava de cadeira de rodas, careca, caucasiano, olhos azul, precisava de aparelhos acoplados a sua cadeira para respirar, mas seu cérebro era sua maior força, junto com seus braços, que apesar de não serem fortes, ainda funcionavam perfeitamente… seu nome era Joey Stanley. O homem por trás de tudo isso… apesar dele não ser o dono, ele é a cabeça por trás de todos os experimentos e invenções da Grey Warden, também foi esse cara que pessoalmente convidou Iara para participar de sua equipe.

Os homens de jalecos brancos, iniciavam seus discursos… esses discursos que não interessavam nem um pouco a Andre, ele sentia uma mistura de tédio com sono, quando eles falavam, somente conseguia pescar algumas coisas, como: esfera de energia, família Bittencourt, descoberta nova, evolução da tecnologia, emergia massiva e infinita…

Andre entre várias piscadas que cada vez se alongavam mais, é espantado quando de repente, das caixas de som que estava ao redor de todo o salão, ele ouve seu nome ecoando por eles, despertando todo assustado, seu coração pulsava muito forte pelo susto, ele olhava ao seu redor e quando olhou para o palco… viu que o microfone estava na mão de Iara que terminava a sua fala, ele não ouviu o que ela falou, só sabe que citou seu nome… “tomara que ela tenha falado bem de mim…”

Algo é levado ao palco, estava dentro de algum tipo de caixa, feito de um material que se assemelhava a metal… se não fosse realmente metal. Eles abriram a caixa, que soltava, ou ate mesmo melhor… escorria fumaça de dentro… com pinças loga, eles enviava dentro da caixa e retirava o objeto de lá…

Era uma espécie de esfera, que parecia de vidro, mas dificilmente algo desse tipo era de vidro, no centro dessa esfera um ponto banco que radiava energia e luz por toda esfera, era como se estivesse uma constelação dentro ou uma galáxia, depende da imaginação de quem a visse. Era algo belo… realmente belo… mais belo que o diamante mais brilhoso do mundo, fora da esfera era como se a bola de vidro pegasse fogo, mas um fogo branco e de vento/ar. Todos ficaram espantados e ao mesmo tempo encantados pelo objeto.

 

-nós o chamamos de Esfera de Luz… – disse um dos cientistas, que realmente ninguém mais prestava atenção. – o objeto estará amostra no stande da empresa.

 

 

Após apresentação, as luzes serem ligadas, entrevistas sendo dadas e banquetes serem servidos, Iara encontra um tempo para dar atenção para seu amigo…

 

-Andre! Andre! Andre! – gritava ate chegar e chamar atenção de seu amigo. – viu o meu discurso?

 

-sim… – respondeu Andre de um jeito meio sem graça, porque na verdade ele não tinha prestado atenção. – muito bom Iara, se superou…

 

-ah não é para tento seu exagerado, gostou do que eu falei de você? – continuo a questionar Iara.

 

-sim… – respondeu Andre ainda mais nervoso por dentro, mas aliviado, pois se ela perguntou isso, porque não foi algo ruim, como “o que você está fazendo ai dormindo”. – adorei que você falou, me pegou muito de surpresa…

 

-então ela é a sua amiga? – disse Carolina que chegava na conversa.

 

-ah… deixa eu te apresentar alguém. – disse Andre. – o nome dela é Carolina…

 

-Carolina… – estranhou Iara esse nome. – acho que eu conheço esse nome de algum lugar… – disse em tons baixo, olhando a garota de cima para baixo. – vocês conseguiram ver a Esfera de Luz de perto? – perguntou mudando de assunto.

 

-ainda não… – respondeu Andre. – a fila ainda está muito grande e tem pessoas mais importante na frente.

 

-que isso… – disse Iara. – vem comigo… vou te levar ate lá. – então ela pegou em sua mão e o arrastou ate lá, mas antes ela ainda desconfiada olha para Carolina. – … vem também você.

 

-eu… – Carolina demonstrava um pouco de desconforto… não precisa não eu espero, não quero incomodar.

 

-vem logo… – Iara segura Carolina e a puxa também.

 

Puxando os dois, cortando toda a fila, eles se sentiam um pouco constrangidos por todos estarem olhando para eles. Iara nem dava importância para as pessoas da fila, ainda mais para os maus olhares, eles não podiam falar nada, já que era uma das pessoas envolvidas que puxava eles. Todos eles, principalmente e quase exclusivamente, olhavam para Carolina.

 

-chegamos. – pronunciou Iara, chegaram onde a esfera estava em exposição. – lindo né… eu pensei em dar o nome de Iara Ariel, mas os demais não deixaram, então ficou, Esfera de Luz, mesmo…

 

-é realmente lindo… – Andre se encantava pela esfera, que de repente começa a pulsar. – Iara isso é normal? – assutado Andre começa a se afastar, pois agora a vidro rachava pela pulsação e vibração do objeto.

 

-hum… não isso não é normal, realmente não é normal… – Iara dava sinais para seus amigos cientistas virem ver o que estava ocorrendo, pois ondas elétricas começavam a ser disparadas pela esfera, esses raios deixavam marca por onde acertavam, além disso o vidro não estava mais de pé. – Joey! Joey! Joey! Vem ver isso rápido, tá acontecendo uma anomalia aqui, rápido… vem logo…

 

Andre se vira e se depara com Carolina parada, seu colar parecia que era puxado pela esfera, equipamentos eletrônicos começaram a ter distorção, chegando alguns ate mesmo para de funcionar.

 

-Andre me ajuda… – pediu Carolina desesperada. – soccor… alguém me ajuda. – ela tentava tira o colar, mas ele puxava muito.

 

Seguranças, jornalistas, cientistas… todos estavam ali, todos estavam vendo o que estava ocorrendo e principalmente com medo. Ondas de energia empurrado tudo para longe. Andre tentava se esticar para segura Carolina que cada vez mais era puxada pela esfera, ele consegue segura ela, pelo cinto que estava usando.

O mais inesperado acontece, tudo ao redor para, literalmente, era como se todos estivessem em câmera lenta, a esfera estava flutuando, Carolina ainda sentia ser puxada, Andre fazia mais força para segura-la. Se deslocando no ar, como um pássaro resplandecente, a Esfera de Luz em alta velocidade vai em direção de Carolina. Uma pequena explosão branca acontece, tudo é ainda mais empurrado para longe.

Todos espantados, se olhavam, não querendo acreditar no que tinha acabado de ocorrer, a fumaça que tomava conta do local cede, mas quando todos esperavam encontra algum corpo, provavelmente sem vida no centro de onde ocorreu a explosão, só encontram o vazio, nada estava ali, o corpo de Carolina havia sumido. Andre jogado no chão inconsciente, a Esfera de Luz jogada no chão como se nada houvesse acontecido no local…

  Autor:   Wander Alves Revitte


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