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Desde: 09/04/2016      Publicadas: 7      Atualização: 24/04/2016

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  Psicologia, Ciência e Visão

  17/04/2016
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Atuação do profissional de psicologia com pacientes portadores de doenças terminais em hospitais.

Atuação do profissional de psicologia com pacientes portadores de  doenças terminais em   hospitais.
Atuação do profissional de psicologia com pacientes portadores de doenças terminais em

hospitais.

A necessidade de compreender de que maneira o psicólogo pode atuar em situações de doenças

terminais, aliviando o sofrimento, tanto do paciente, quanto dos seus familiares, principalmente

porque a morte sempre foi vista como algo abominável, assustador e inaceitável. É normal que

surjam atritos na dificuldade de aceitação do estado terminal, bem como no tratamento de feridas

emocionais não curadas, frustrações, arrependimentos, preocupações com projetos em andamento,

dentre muitas outras razões que envolvam a vida. O sofrimento humano é a primeira preocupação

dos profissionais da psicologia, portanto, a coleta por informações torna-se cada vez mais

necessária, já que, infelizmente, muitos pacientes e seus familiares ainda perecem sem a ajuda de

um profissional que possa auxiliá-los neste momento crucial de suas vidas. Provavelmente, porque

pouco ainda se sabe sobre o papel do psicólogo em situações de enfermidades terminais.

A morte torna-se então inevitável, o que resta a este paciente são cuidados que melhoram sua

qualidade de vida enquanto se espera a morte, isto é, restam-lhe apenas os cuidados paliativos que

são oferecidos pela equipe multidisciplinar juntamente com os psicólogos, e não mais os cuidados

curativos. O sofrimento do paciente terminal, bem como os seus familiares, necessitam

compreender que a vida ainda não acabou na ocasião da notícia, e que ainda terá planos a realiza.

O termo “paliativo” deriva do latim pallium, que significa manto, capote. Dando a ideia de prover um

manto para aquecer aquele que passa frio. Essa é a essência de cuidados paliativos: aliviar dores e

sintomas cobrir de cuidados aqueles pacientes para quem a medicina já não oferece recursos

curativos. Cuidados Paliativos são procedimentos feitos por todos os integrantes de uma equipe

multiprofissional, que oferecem uma opção de tratamento adequado a pacientes fora dos recursos

terapêuticos de cura. Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe

multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante

de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação

precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e

espirituais.No entanto, não há uma busca pela cura, mas sim, um acolhimento daquele que, diante

uma doença irreversível de sua patologia, receberá um tratamento que preserve sua dignidade,

mesmo diante da morte. Para os doentes fora dos recursos terapêuticos de cura, a evolução natural

é a morte. No entanto, nos seres humanos, negamos a existência da morte, ela é temida,e

frequentemente, adiada, valendo-se de métodos artificiais para a manutenção das chamadas

“funções vitais”, quando, na realidade, o indivíduo já deixou de viver.

Numa sociedade onde a vida é tão exaltada, não há espaço para temas relacionados à morte e o

morrer, embora seja parte do processo de existir. Profissionais da saúde são formados para salvar

vidas e quando se depara com a morte se sente frustrados, esta posto que a morte fará parte do

cotidiano de cada um, em algum momento. Entender a morte e os sentimentos que a norteiam é

fundamental para compreender as angústias daqueles que vivem seus momentos finais. Dizer que

“não há mais nada o que fazer” é, no mínimo, uma frase infeliz, proferida por alguém que,

certamente, desconhece a dimensão humana e sua subjetividade. Tratar o ser humano como “algo”

que por “não ter mais conserto” deva ser “descartado”, desconsiderando as implicações que tal

condição impõe sobre a sua vida e a dos seus familiares.

Muitos são os profissionais que cuidada dos pacientes terminais, por esta razão, há ser uma equipe

formada pelos seguintes profissionais: médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais,

fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais. Vale ressaltar que a espiritualidade não necessariamente

está vinculada a uma religião instituída, portanto, caberá aos profissionais de Cuidados Paliativos

atentarem para as demandas dos pacientes e seus familiares, respeitando as diferenças. A família

também terá papel importante, não apenas na questão da espiritualidade, mas em todas as demais

questões relacionadas aos pacientes e seu tratamento. Se nessas unidades de Cuidados Paliativos,

mais do que tratar de uma doença, trata-se da pessoa, como definiu, a família também deve ser

tratada, uma vez que ela costuma adoecer nesse processo. A partir do diagnóstico de uma doença

potencialmente mortal, paciente e família se deparam com situações de rupturas, limitações e

privações, ademais, viver uma situação de luto antecipado gera angústias e ambivalências de

sentimentos, tanto do enfermo quanto da família.

É nesse cenário de dores e tristezas, que a equipe formada por profissionais das mais diversas

especialidades atuam, não basta apenas o conhecimento técnico ou científico, é necessário

sintonia, um ajudando o outro e todos ajudando os enfermos, seja ele o paciente, o seu familiar. É

necessário lembrar que os cuidados paliativos não ocorrem somente no ambiente hospitalar. Muitas

vezes pode ser possível, e até recomendável, que o paciente seja levado para o seu lar, para ficar

próximo de seus familiares sabendo que seus cuidadores e parentes devem ser preparados.

O psicólogo poderá atuar como mediador tanto nas relações entre os profissionais da equipe,

quanto nas relações da equipe com os pacientes – relações estas que nem sempre serão

harmoniosas num primeiro momento, dada toda a carga emocional presente na revelação de um

diagnóstico trágico. A presença desse profissional poderá ser decisiva na resolução de conflitos

existentes que, possivelmente, nessa situação de terminalidade imposta pela doença. A importância

de o psicólogo apoiar desejo de que a pessoa tenha uma morte natural e humanizada, sem que o

paciente fique sozinho ou, ainda, ligado a uma parafernália de equipamentos que atrapalhem a sua

morte. A compreensão de que a vida é finita e que a morte é parte desse processo poderá ser uma

experiência libertadora, tanto para pacientes quanto para profissionais da saúde. A certeza da

finitude da vida talvez traga a consciência de que nem toda doença pode ser curada. Não obstante,

todo ser humano pode ser cuidado, até a morte, por outro ser humano. Não devemos desacreditar

na capacidade que o paciente terminal tem em realizar e organizar tarefas importantes antes de

partir. Deixar resolvidos assuntos sobre finanças, preferência na hora do sepultamento, como se

sentiria se soubesse que o seu cônjuge se casaria novamente e como o seu parceiro sobreviverá

após a sua morte são questões cruciais para que o paciente sinta-se aliviado e menos culpado,

tornando seu sofrimento menos angustiante.

Tristeza, choro e a sensação de inutilidade dominam o paciente e o ambiente que o envolve.

Quando há uma consciência e uma estabilidade emocional do doente, considera-se que ele está na

fase da aceitação. Discutir sobre a morte é tão urgente quanto viver. Faz-se necessário criar

espaços nos quais se possa encontrar solidariedade e a ajuda para enfrentar a própria morte ou a

de uma pessoa.

Todas essas ações, entre muitas outras, visam proporcionar saúde mental para os envolvidos neste

processo que demarca tanto desgaste, dor e sofrimento. Na intervenção no momento da morte, é

necessário considerar que o contexto de um paciente com doença terminal traz, um cansaço e

desgaste muito acentuado, tanto para os familiares quanto para o próprio paciente. A proximidade

da morte é um momento que envolve muito receio de ambas as partes. Nesta hora, o terapeuta terá

de trabalhar em prol de ajudar a família, promovendo discussões sobre os desejos do paciente para

depois de sua morte. O psicólogo tera a função de orientar a família sobre a importância de sua

presença nos momentos finais do paciente, mesmo que encontre coma. É importante também dar

liberdade para a família estar sozinha junto ao corpo e poder tocar, falar e sofrer a morte do familiar

querido, pois isso proporciona um sofrimento adequado e sadio, sem a perspectiva de transtornos

psicológicos futuros. É interessante que o psicólogo esteja com a família nesses momentos difíceis,

assistindo a família no ato da notificação da morte e oferecendo auxílio nas questões funerais e

cerimoniais. As ações do psicólogo serão para viabilizar a expressão de sentimentos e a vivência

perante o luto.

https://youtu.be/ep354ZXKBEs
  Web site: https://www.youtube.com/watch?v=ep354ZXKBEs&feature;=youtu.be  Autor:   Fernando Silva





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